Podia iniciar esta reflexão de tantas formas, mas escolho a palavra segurança. O que significa segurança para a liberdade? E o que nos implica a sensação de segurança?

Será a segurança um mecanismo de controlo da tua liberdade?

Para continuar a minha reflexão convido-vos a ler os seguintes exemplos:

Uma criança que corre num campo aberto e à sua vontade, sentindo o vento nos seus cabelos, inspirando e expirando o ar fresco que enche os seus pulmões de vida, que sensação tem?

Liberdade.

A mesma criança que corre num jardim aos olhos da mãe que por vezes a chama, dizendo-lhe para a ter cuidado, alertando-a para perigos. Terá a mesma sensação? Conseguirá sentir o vento nos cabelos e inspirar e expirar o ar fresco. Conseguirá o seu cérebro abstrair-se de todas os conselhos e da própria energia da mãe de medo? Que sensação terá?

Falsa liberdade.

Tal como a segunda criança habituamo-nos a isso. A sentir liberdade com restrições de segurança. Uma liberdade condicional e condicionada.

E tal como um animal que toda a vida viveu numa jaula e tem medo de sair, nós assim o somos. Achamo-nos livres no nosso “quadrado” na nossa segurança. Criamos gaiolas, grades de proteção e limitamos com isso, a nossa liberdade.

Crescemos com regras e crenças que nos incutem. E que pela suposta segurança não questionamos.

Vivemos em permanente falso alerta que nos limita de sermos nós próprios. Desaprendemos de ouvir o nosso coração e até o corpo, acreditando cegamente no que alguém nos diz que está certo e errado.

Sabias que o ser humano perde a sua liberdade de criatividade e imaginação ao longo da sua vida.

Está provado cientificamente que um adulto perde quase a totalidade da sua capacidade de imaginar. Nascemos com essa capacidade e ao longo da nossa vida perdemo-la. Tornando-nos incapazes de imaginar e sonhar.

Sempre limitados com a crença de segurança. Porque é inseguro imaginar e sonhar. Se o fizermos poderemos sofrer… assim nos dizem…

“não sonhes alto de mais que podes cair”

quando maior o sonho maior a queda”

Existe até associada uma falsa loucura.

“tu és louco isso é impossível, nunca vai acontecer”

Aprisionamos a nossa liberdade de imaginar para permanecermos na nossa falsa segurança. E estaremos bem com esta limitação?

Para tudo a nossa principal “desculpa” externa e interna é: não é seguro.

E nesta falsa segurança vivemos a nossa falsa liberdade, a nossa vida toda. E cada vez mais…

E não valeria a pena experimentar seres livre contigo?

Não valeria a pena LIBERTARES-TE da falsa segurança e seres apenas tu e não aquela pessoa que te impelem ser pelo medo de falhares ou de te magoares.

Atreve-te. Experimenta.