Quem és TU?

Sabes quem és? Ou apenas sabes o que FAZES?

Quantos de nós passamos os dias sem sequer nos sentirmos?

Estamos condicionados ao FAZER.

Todos os dias tal como robots levantamos-nos e servimos.

Estamos comparado a máquinas.

Carregamos baterias durante o sono para mais um dia de FAZER.

E convencem-nos que é neste fazer que está a nossa realização e liberdade.

E FAZEMOS…

E FAZEMOS e mostramos…

E MOSTRAMOS que fazemos…

Sem sequer termos consciência de nós.

Essa é uma reflexão que não nos é permitida.

Afinal, não há tempo. Há muito que fazer…

E quem tem tempo para essa reflexão NÃO TEM O QUE FAZER.

Quem tem tempo para ouvir, olhar e escutar-se NÃO TEM O QUE FAZER porque tem tempo para isso….

Ficamos surpresos, indignados ou mesmo jocosos quando alguém nos diz que tirou tempo para se auto-conhecer.

É de facto uma grande dificuldade para nós que estamos programados para o FAZER pensarmos em algo mais.

Desde criança que nos questionam.

O que queres ser quando fores crescida(o)?

E o que se responde? com uma profissão.

Com o FAZER.

Abdicamos do que realmente SOMOS para nos identificarmos com o FAZER?!

E assim nos são programadas as nossas prioridades.

Apresentamos-nos ao Mundo com uma profissão.

Não o que nos distinguiria mas com o que aprendemos a fazer tal como milhares de outras pessoas no mundo.

Ao em vez de saber quem realmente somos, o que gostamos, o que sentimos, o que queremos.

De percebermos quais os nossos dons o que realmente nos diferencia dos outros.

É-nos colocada uma etiqueta da profissão que desempenhamos que na maioria das vezes nada tem haver com a nossa vocação com o que gostamos e somos realmente bons.

Exemplos disso é a área da saúde. Conheço muitas pessoas que me confessam que gostavam de ter sido (lá está o ser) médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, professores, cozinheiros, pasteleiros, veterinários, exploradores…

Mas pelas mais diferenciadas razões não tiveram essa oportunidade ou optaram por fazer coisas distintas.

Uma vida inteira para FAZER.

E falamos nós da escravatura… de falta de liberdade… quando somos nós próprios que nos aprisionamos e aprisionamos os nossos filhos com falsas ilusões de FAZER para serem felizes.

Associando FELICIDADE e liberdade a uma expectativa de maior poder económico.

Porque só poderás viajar se tiveres a profissão x.

Quando se optassem por ser missionários correriam mundo.

Mas isso não é profissão! dizem-me tantas vezes.

Pois não, respondo, é um FAZER DO CORAÇÃO e esse é um FAZER DE SER, UM FAZER FELIZ.

Tira tempo para te veres, ouvires, sentires para saberes quem és e o que realmente queres.

Ou passarás uma vida inteira aprisionada(o) no FAZER sem saberes quem és?