O que são crenças?  

Poderão elas alterar a forma como pensamos e agimos?

Alterando assim a nossa vida presente e futura?

Antes de percebermos o que são crenças e de que forma impacta as nossas vidas, importa perceber em que acreditamos.

Acreditamos no que nos é dito, incutido, apresentado como verdade inquestionável.

E porque acreditamos?

Porque quem nos diz é alguém que nessa etapa/ momento das nossas vidas percecionamos como figura de verdade.

E quem são as nossas figuras de verdade, figuras de referência?

Em criança são os pais ou cuidadores.

Em adolescentes os ídolos.

Em adultos, os pares, a sociedade ou alguém de prestígio.

E em idosos, figuras religiosas ou outras que tenham comprovado em determinada área conhecimento.

Mas e apesar de irmos alterando em quem acreditamos o certo é que somos mais impactados por crenças programadas em criança. E são as crenças de base que afetam todo o sistema de valores e comportamentos durante a nossa fase adulta.

As crenças de base são criadas e enraizadas na infância até mais ou menos aos 7 anos. E nesse período de construção e enraizamento mental interiorizamos o que nos é dito como uma verdade universal, absoluta.

Assim e apesar de irmos desenvolvendo e alterando a nossa forma de agir e até de pensar consoante as experiências que vamos adquirindo a crença de base aprendida e programada continua inconscientemente a bloquear-nos. Por outras palavras sabemos que não está bem mas continuamos a agir da mesma forma mesmo contrariados e conscientes.

A crença “Não sou capaz”

A sua origem poderá estar numa educação super protetora.

Pais ou cuidadores cuja intenção é apenas de prevenir possíveis quedas, arranhões… reforçam à criança que é incapaz.

Esta é uma aprendizagem, programação insconsciente que levamos para a idade adulta.

A crença “Eu Não sou Suficientemente Bom”

Uma criança que chega a casa e pede para a mãe ou o pai para brincarem com ela.

E a mãe ou o pai estão constantemente ocupados nas suas obrigações e tarefas, de casa. Garantindo as suas obrigações de cuidadores: jantar, banho. A perceção da criança será uma rejeição, colocando-se em 2º lugar.

Apesar de crescermos, desvalorizarmos e até concordarmos com o planeamento dos pais.

A programação foi feita e está lá, fazendo-se presente de cada vez que passamos por um desafio quer seja pessoal ou profissional: “eu não sou suficientemente Bom”. E repetindo o mesmo comportamento inconsciente para com os nossos filhos.

As crenças advêm de perceções que se materializam em emoções e sentimentos que por sua vez assumem verdades para cada um nós (“Eu sou assim, sempre me disseram isso…”). Estão presentes em todas as fases da nossa vida, no entanto a sua programação é na sua maioria estabelecida em criança e é lá que é necessário reprogramar, ressignificar.

Crença “Ninguém me ama”

Outra crença tão castradora e bloqueadora, a do Amor. Começa na infância com alguma sensação ou sentimento de desamor.

Seja porque nos deixaram na creche, seja porque nasceu um irmão, ou até porque os pais se separaram… A verdade é que são apenas exemplos e cada sentimento é isso mesmo sentido por cada um de nós. E interpretado, categorizado segundo o que nos fazem acreditar.

Assim pode advir de um grande acontecimento, experiência ou pode de igual forma ter proveniência em apenas um detalhe que foi sentido em determinado momento mais frágil ou vulnerável das nossas vidas.

Nesta crença há ainda que considerar a generalização “ninguém”. O ninguém é representativo de alguém considerado como o mais importante.

Trata-se de uma crença determinante nas nossas vidas que desencadeia tanto mau estar e desequilíbrio funcional e até de saúde.

Desbloquear crenças, permitindo-nos ir à origem deste bloqueio é crucial e é muitas vezes a solução de tantas questões de autoestima e autoconfiança que impactam o decorrer das nossas vidas, a nossa saúde, bem-estar e felicidade.

Como o poderás desbloquear as crenças?

Com ajuda profissional, conseguirás perceber e conhecer as tuas crenças limitadoras permitindo-te libertar e avançar na tua vida.